De fronte ao
mar
O encaro
Como um
interrogador,
Descubro as
conspirações
Do mar e da
lua.
Eu ouço o
som do mar...
Interrogo a
mim mesmo
E me
pergunto por que
Ele ainda
não a trouxe?
Durante a
noite as águas tornaram-se
Homogêneas e
os meus sonhos
Eternos
perante
A minha
concepção de um
Mundo que
nos aproxime.
Ouvi o
mar...
Vem ver o
sol nascer
sobre nossos ombros
Na cama
Como dois
amantes
Silenciosos
em suas promessas
E prontos
para amar.
Vem ouvir a
poesia que
As ondas
pronunciam
Como se
fossem novidades
De almas
mergulhadas em saudades...
A minha
alma...
Se não
podemos olhar
O sol por
inteiro
Sejamos
então humanos
E nos
banhemos de nossa
Impureza,
Enquanto
nossa humanidade
Seja divina
como todas as coisas.
Sejamos
humanos para ouvir
As promessas
do mar
Enquanto
somos um só
Em nossa
intensidade.
Essa poesia
é a transcrição
Das palavras
do mar
Numa noite
em que
O encaro,
Como
interrogador
E a lua me
interroga
Como se me
faltasse companhia.
Manoel
Vinícius M. Souza
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