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domingo, 15 de janeiro de 2012

Poesia segundo o mar


De fronte ao mar
O encaro
Como um interrogador,
Descubro as conspirações
Do mar e da lua.

Eu ouço o som do mar...

Interrogo a mim mesmo
E me pergunto por que
Ele ainda não a trouxe?

Durante a noite as águas tornaram-se
Homogêneas e os meus sonhos
Eternos perante
A minha concepção de um
Mundo que nos aproxime.

Ouvi o mar...

Vem ver o sol nascer
 sobre nossos ombros
Na cama
Como dois amantes
Silenciosos em suas promessas
E prontos para amar.

Vem ouvir a poesia que
As ondas pronunciam
Como se fossem novidades
De almas mergulhadas em saudades...

A minha alma...

Se não podemos olhar
O sol por inteiro
Sejamos então humanos
E nos banhemos de nossa
Impureza,
Enquanto nossa humanidade
Seja divina como todas as coisas.

Sejamos humanos para ouvir
As promessas do mar
Enquanto somos um só
Em nossa intensidade.

Essa poesia é a transcrição
Das palavras do mar
Numa noite em que
O encaro,
Como interrogador
E a lua me interroga
Como se me faltasse companhia.

Manoel Vinícius M. Souza

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