Deixo meu coração repousar
num quarto silencioso.
Deixo meu corpo
mergulhar num profundo
oceano de sentimentos.
Meu equilíbrio.
Minha garganta é
feita de palavras flamejantes,
mas não tanto quanto
as minhas mãos
que pincelam labaredas de fogo
de palavras escassas,
de puros sentimentos,
da verdade inalienável do poeta.
Gosto quando a cidade escurece
num pôr do sol intenso
e eterno aos olhos.
As palavras circundam o disco lunar
enquanto
os papeis balbuciam versos brancos.
As mãos poéticas são meras
ferramentas alienáveis.
Alienam as estruturas da noite,
a estrutura da língua
e o pensamento do leitor
que ora vê mistério,
ora vê simplicidade.
Não se interpreta,
se vive,
se desenha na mente,
se rascunha poesia.
Queima-se
num incêndio quando em andar leve,
com olhar penetrante,
e em suspiros que entorpecem
chega a inspiração.
Manoel
Vinícius Souza
12/06/2012
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