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terça-feira, 12 de junho de 2012

Inspiração



Deixo meu coração repousar
num quarto silencioso.

Deixo meu corpo
mergulhar num profundo
oceano de sentimentos.

Meu equilíbrio.

Minha garganta é
feita de palavras flamejantes,
mas não tanto quanto
as minhas mãos
que pincelam labaredas de fogo
de palavras escassas,
de puros sentimentos,
da verdade inalienável do poeta.

Gosto quando a cidade escurece
num pôr do sol intenso
e eterno aos olhos.
As palavras circundam o disco lunar enquanto
os papeis balbuciam versos brancos.

As mãos poéticas são meras
ferramentas alienáveis.
Alienam as estruturas da noite,
a estrutura da língua
e o pensamento do leitor
que ora vê mistério,
ora vê simplicidade.

Não se interpreta,
se vive,
se desenha na mente,
se rascunha poesia.

Queima-se
num incêndio quando em andar leve,
com olhar penetrante,
e em suspiros que entorpecem
chega a inspiração.

Manoel Vinícius Souza
12/06/2012



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