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sexta-feira, 8 de março de 2013

Notívago

Poema noturno,
poema lascivo,
poema da insônia.

A madrugada vem deitar-se comigo
na esperança de fazer amor com a noite.
Companheira, confidente, já não diz
coerentemente da mente dos que dormem,
nem mesmo da minha notívaga vida,
apenas se esconde das luzes dos postes
e das janelas entreabertas com sons de cinema.

Tão amada noite,
se recobre o meu espírito de inspiração,
recubra também o  poema em mente
de palavras que respiram tintas,
que respiram os verbos:
Olhar,
viver,
domar,
dormir.

Manoel Vinícius M. Souza


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