e sinto o silêncio,
compartilho minha respiração
e converso com a mortalidade.
Sinto a indagação,
sinto meus pensamentos
dominando meu corpo humano.
Sei de minha essência poética,
descubro a cada inspiração
minha humanidade.
Será que sentir-se parte disso
é enxergar a imensidão do Amor?
O Tempo foi abandonado
e se vive num espaço consolidado
pelo gosto daquilo que faz falta,
daquilo que se anseia.
Não se remoi a lembrança,
apenas transforma em sensações reais as figuras vivas que transitam
todo amanhecer no pensamento.
Vou me desconstruindo
para aprender a amar a cada novo dia.
E se um dia a solidão bater perante tal realidade,
olharei para o lado e me sentirei humano novamente,
escreverei mais poesia
e me tornarei infinitamente o poeta que te espera.
Manoel Vinícius Souza
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