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sábado, 8 de junho de 2013

ESPERA

Abro a porta de casa
e sinto o silêncio,
compartilho minha respiração
e converso com a mortalidade.

Sinto a indagação,
sinto meus pensamentos
dominando meu corpo humano.
Sei de minha essência poética,
descubro a cada inspiração
minha humanidade.

Será que sentir-se parte disso
é enxergar a imensidão do Amor?
O Tempo foi abandonado
e se vive num espaço consolidado
pelo gosto daquilo que faz falta,
daquilo que se anseia.

Não se remoi a lembrança,
apenas transforma em sensações reais as figuras vivas que transitam
todo amanhecer no pensamento.

Vou me desconstruindo
para aprender a amar a cada novo dia.
E se um dia a solidão bater perante tal realidade,
olharei para o lado e me sentirei humano novamente,
escreverei mais poesia
e me tornarei infinitamente o poeta que te espera.

Manoel Vinícius Souza




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