Do que se
constroem pensamentos?
Para que serve o pensar,
se essas
linhas fluidas de conexões cerebrais
não me levam
fisicamente ao topo?
Não posso rejeitar tais linhas,
pois
desenham seu rosto em meio à multidão
que se
desenrola em minha mente.
Cria teus
contornos,
pinta teus
olhos de castanhos
e me afoga
em beijos.
Suaves
beijos...
Tão suaves
que minha pele deseja memorizar
e criar
monumento diante de tal sensibilidade.
Os poros se
abrem como armamentos para a guerra,
mas uma
guerra que os vencedores são o Amor
e a ternura.
São esses
meus pensamentos.
Dada a resposta
à pergunta inicial,
construídos
de memória de pele,
do castanho
em que pintei aqueles olhos
e de oceano
de sentimentos.
Manoel V M
Souza
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