Procurando caixas para contar,
contar poesias e palavras.
Contando o que todos querem
há longo tempo,
enquanto as palavras e
as caixas
guardam os sussurros e
os sorrisos
de poesias que encontram
inspiração nos que amam.
Todo dia há alguém
procurando por entre espelhos
os olhos do poeta e
viaja por entre as caixas
na busca de contar palavras
e montar frases.
Não havendo frases a montar
deixam-se as palavras nas caixas,
aglomeram-se as certezas
e respira-se o que se anda procurando,
embriaga-se nas certezas de que
com o passar dos anos
as palavras não apodrecerão
se alguns dias elas não respirarem.
Os olhos são a caixa,
palavras não ditas,
sorrisos dados ao ventos
na esperança de levar
a mensagem.
Eu abro a caixa,
e percebo que com mais anos
terei mais poesias para
formar com tantas sensações
e tantas conversas que se passarão
com os ventos.
Não havendo frases a mais
para montar,
acabo a poesia
até o próximo ano.
Manoel Vinícius Souza