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segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Sem voz

Há momentos
em que perco a voz.
O tempo para
e todo som desaparece.
Até que os meus lábios
encontram os seus,
o tempo volta a correr,
entretanto, o silêncio reina.
Não se ouve um som,
porém, com mais atenção
e proximidade,
ouve-se somente as batidas do coração
e a respiração.
Tal ar
representa a voz da alma.
Dizemos então toda a verdade

um ao outro.
Não há ilusão,
não há fantasia,
há somente nossa subjetividade,
nossa humanidade.
A Lua é a única testemunha
mesmo entre nuvens.
E para quebrar o silêncio,
sem que percamos o rumo,
é deixarmos aquela música
tocar outra vez.

Manoel Vinícius Souza

O que é um abraço?

O que é um abraço?
Quando há um choro íntimo,
olhares passam
apenas um para,
aquele olhar
é intenso como você.
Comunicam-se.
Conversam algo
que no mundo material
são segundos,
porém, no mundo real
dura muito mais.
Então, as pernas também comunicam-se
e os passos que se seguem
levam a um inivitável
encontro.
Os olhos mantém a conversa.
Os braços acabam por então
entrar em comunicação,
eles se abrem
e acolhem.
Os corações, batida por batida,
comunicam-se.
O íntimo está sendo revelado,
o choro acaba por cessar
e o bom calor
transmite segurança
que tanto se deseja.
O medo não mais existe.
Talvez seja também de um abraço
que o mundo precisa,
mas, por enquanto
dou-lhe a você.

Manoel Vinícius Souza

sábado, 16 de janeiro de 2010

Deixe que eu seja a sua Liberdade

"Deixe que eu seja a sua liberdade" Eis o que ressoa. Eis o que desejo dizer-lhe. Uma forma de amar, única, minha e acima de tudo representa a minha Liberdade que encontro em ti. Quero que essas palavras ecoem em teu íntimo. Quero guiar-te de encontro ao anseio de minh'alma. Aos desejos mais egoístas e puros para o encontro de nossas mãos. Deixe que nossas almas desenhem o encontro. Que criem um castelo com alta torre onde estamos, onde o vento sopra frio e macio. Onde podemos olhar tudo ao redor e estaremos protegidos pela Lua, pelas Estrelas e pelo Amor. Manoel Vinícius Souza

Simples versos em Amor

O que se espera de resposta
nesse momento?
Se em teus braços
me contento.
Se me afogo
em teus doces lábios
que renova minha coragem
pela vida
mesmo na iminência da morte.
Cada dia é um remédio
para o meu suave sofrimento
que é amar-te,
pois, é assim que defino tal sentimento.
Que consome o meu ser
trazendo a luz
a um sonho vigente,
do qual acordo
diferenciando-me de toda gente.
Amo simplesmente
sem explicação
para que minha chama
seja eterna,
seja pura
e mais sutil
do que a mais bela canção.

Manoel Vinícius Souza

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Arma e Escudo

Já não sei a quanto tempo nos conhecemos.
Anos?
Séculos?
Vidas passadas
que se reerguem
em nosso pacto de lealdade.

Uma força inexplicável
me faz dizer-te
que és uma irmã.
Mas, minha alma ainda mais inexplicável
diz-me és alguém que não poderia imaginar,
pois, você existe.

Sinto-me honrado
por tê-la como escudo
e sirvo-a como arma.
Não te esqueças
que tens a minha lealdade.

Não te esqueças
que nessa vida e
noutras vidas
somos arma
e escudo um do outro.
Somos terra
e somos ar.

Manoel Vinícius Souza

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Refúgio Paralelo

Deixo minha mente vagar,
andar em rumos desconhecidos.
Deixo que vá para lugares longínquos.
Mesmo que ela se perca
vejo você e estou a salvo.

Se estou sóbrio,
minha visão é clara
para ver através de toda máscara.
Olho ao redor e vejo toda face em lágrimas.
Choram por causa de um mundo corrupto.
Não há palavra honesta.

Então me concentro,
fecho os meus olhos para sentir tua presença.
Quero fugir desse mundo
sem cor e sem perfeição.

A maré me carrega
e me leva a um lugar paralelo,
Onde exista eu e teu espírito.
Um lugar sem cor e sem perfeição,
mas, eu posso sentir tudo o que toco,
dessa forma posso sentir teu rosto...

Manoel Vinícius Souza

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Estrelas

Por que não descansa como eu?
Olhe para as estrelas,
olhe para a noite que desce
e as traz.

Pense em tudo que fizemos,
pense no brilho das estrelas.
Cuide de mim e delas.

Cuide do nosso caminho,
cuide dos jardins,
cultive-nos.

Deixe que as estrelas brilhem,
deixe que elas invadam teu espaço.
Deixe que elas deem o recado.
Eu te amo tanto.

E se eu penso no oceano,
quero que as estrelas nele reflitam.
Na imensidão do oceano deixe que carregue numa garrafa o que tenho por ti.
Deixe que a mensagem percorra todo o mundo.

Se quero que você esteja ao meu lado
é porque eu te amo.
E se é isso a causa,
deixe que minhas lágrimas façam parte do oceano
e que nele fiquem, assim o completam.
Pois elas representam eu e você.
Até que o Sol substitua as estrelas,
porém, com o brilho mais intenso.

Manoel Vinícius Souza

sábado, 2 de janeiro de 2010

Segredos

A minha vontade paira ao silêncio
Suas últimas palavras ressoam...
Como me recusei em aceitar
tinha medo...
eu queria seu amor
que vejo em seus olhos
quando não fitam os meus

Assim, minha consciência me instiga e me controla,
Faz-me manter nosso voto de segredos,
Segredos calcados em mensagens vazias para alguns,
Porém, para nós representa a vida e confiança.

Para todas as intrigas, em mãos, tens minhas lágrimas
Arremates implícitos e meramente calculados
Esquecerei seus lábios, esquecerei seu olhar...

Segredos calcados em um engano comum.
O de amar...


Meu olhar percorre tuas veredas,

percorre as manhãs, sutilmente nossas lembranças.
Lembranças e manhãs que tem como testemunhas somente os campos, as águas e o vento.

Agora, minhas lembranças
cantam os meus erros
todos são capazes de ouvir
e ninguém está disposto a entender
estarei esperando entre os meus remorsos
minha mais ávida vontade
para voltar e poder dizer
adeus...



Manoel Vinícius e Gabriele Moraes
Para os que se calam


"Um sentimento abstrato"

eis a frase em que meus temores
se embalam e exalam
a fragrância da realidade,
que esmaga e esconde,
oque sabemos que é real
Eis a contrariedade das palavras
e o meu corpo sofrendo...
até então que percebo
que estou a chorar...
e suas verdades não bastam
e me calo
pois sei o que é o medo
mas então eu entendo
que o certo é amar...
e só amar...



Gabi Moraes

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Alívio

Por muitas vezes eu pergunto
se minhas palavras são fiéis a mim mesmo.
Creio que são independentes, depois que as escrevo dou vida a elas.

Agora elas caminham pelo mundo,
sozinhas ou encontram outras que possam se unir.
Espero delas que apenas cumpram algo que as peço.
Eternizem o momento em que as escrevi
e sussurrem seu sentido no ouvido de quem quero as ouça.

Portanto, mesmo que andem em zigue-zague
por vezes algo que pareça sem sentido,
seus admiradores ão de cuidá-las.
Assim, por meio dessas sutis letras
minha mente e coração se debruçam e descansam.


Manoel Vinícius Souza