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quinta-feira, 28 de junho de 2012

Ode à saudade

Se o que faço
é divagar sobre a saudade
é porquê ela me aperta o peito!


Meu sangue carrega pelo meu corpo
cada letra desta poesia
para me fazer poeta do amor 
e da saudade.


Essa tinta provém do
meu sangue.


Sou domado pelo Amor
que projeta o teu sorriso
e o teu beijo.


Não há mais escolha,
tornei-me o teu
maior pintor.
Sei desenhar cada curva
do teu corpo,
posso expressar nas tintas
o teu cheiro,
posso alegrar o mundo com
a representação do teu
sorriso.


Não me torno completo
sem o teu beijo...


Por isso ode à saudade!


Por isso à busca mitológica ao amor,
mas que o sinta real,
terno e
simples.


Este meu sangue de poeta
é vermelho,
é quente para desenhar saudade,
é vivo porque permaneço te olhando
apaixonado.


Estas minhas mãos dançam
com as letras
e este pensamento...
este pensamento já vive em ti.


Eu que sou
metade de mim e
metade de ti, 
na tua ausência
sou metade nós
e metade saudade.


Manoel Vinícius Souza

terça-feira, 26 de junho de 2012

Tempo

"És um senhor tão bonito
Quanto a cara do meu filho
Tempo tempo tempo tempo
Vou te fazer um pedido
Tempo tempo tempo tempo"
(Gadú)
De fato faz muito tempo que não posto...

Aliás, tempo é um pseudo-tema que quero abordar por aqui.
Talvez, você, que agora lê esse post, nem me conheça. Talvez nunca tenhamos de fato nos visto (digo no sentido físico e no sentido subjetivo)...Mas temos algumas coisas em comum!
Muitos de nós acreditamos ser regidos pelo tempo, ainda que o mesmo, seja singular para cada um. E cada um de nós temos diferentes interpretações acerca de tempo. Diferentes necessidades e perspectivas... O que nos vale é viver cada dia, executando tarefas, sanando necessidades físicas, expressando sentimentos, planejando coisas, divagando outras...Ou ainda, o que nos vale é exatamente o avesso...E por aí, seguimos o barco.

Fui procurar o significado de tempo num dicionário com http://, muito simpático por sinal! Em sua digníssima definição, deparei-me com 21 linhas e espaçamento 1,5pt! Cheguei na mesma conclusão cabalística de há pouco, meus caros: singularidade.
Mas ainda assim, não satisfeita, fui pesquisar com alguns seres. Devo admitir que ambos são amigos fabulosos que conheço há muito tempo (ou seria pouco? Tempo?) Haha!

Fiz a mesma pergunta para ambos: Para você o que é tempo?

O primeiro me disse quase que num Caps Lock, uma digitalizada, mesmo que há milhas e milhas de mim, quase que audível:

"O tempo não existe. O matei porque aprendi a amar- O tempo não cabia no meu amor." -Resumi, admito!

Já o segundo:

"Não há como negar o tempo nas relações que tenho com as pessoas que convivo e espaços que passo. Nem negar o efeito do tempo nas pessoas/coisas e em mim mesmo, como meus pensamentos, sentimentos, obras-prefiro vê-los como se fossem imortais, mas não posso assegurar que com "o tempo" eu mesmo não esqueça deles ou os mude"
E mais:
"O tempo rege meu cotidiano, para momentos bons e momentos de tensão"

A finalidade de perguntar para cada um o que sentiam e pensavam sobre o tema era para contextualizar e ilustrar o texto, assim como divagar sobre a singularidade.

Aí eu me pergunto, pensando sobre o primeiro comentário: Como o tempo não existe se ele foi assassinado?
Para morrer, tem-se que viver, e viver também tem sua definição singularizada! E acredita-se que viver é um certo tipo de existência... Porém, muitos outros desacreditam em ser! E aí?! Se morremos deixamos de ser? Mas o que é isso tudo, afinal?!

O que temos em comum talvez seja nossa singularidade. Portanto, fiel a minha contradição puramente geminiana, permito-me desconsiderar qualquer afirmação ou não afirmação e deixar a seu critério e liberdade de entendimento e expressão.

O que eu tenho é amor. O que me basta...



segunda-feira, 25 de junho de 2012

Eternizar o sorriso

E por que não te 
roubar um sorriso, 
selá-lo com um beijo
e eternizar esse momento?

O teu sorriso invade 
todo o lugar e 
transporta a intensidade
desse amor.

E olho a Lua 
para te encontrar,
sonho em beijar teus lábios
e ela me traz um sorriso teu.

No horizonte nossos 
olhares se encontram
e um arrepio que toma o corpo
é o coração acelerado
que reconhece como eternizar 
o amor.

O que acontece quando
já não se reconhece como só,
apenas feito de dois?

Acontece que a minha liberdade 
é feita de ti...

E a minha eternidade
é feita do teu sorriso...


Manoel Vinícius Souza

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Verdade sobre o Amor

O Amor é assim,
prega peças,
é uma criança brincalhona
que fugiu do convívio com os deuses
para ser feliz
com os humanos...

Manoel Vinícius M. Souza

terça-feira, 12 de junho de 2012

Inspiração



Deixo meu coração repousar
num quarto silencioso.

Deixo meu corpo
mergulhar num profundo
oceano de sentimentos.

Meu equilíbrio.

Minha garganta é
feita de palavras flamejantes,
mas não tanto quanto
as minhas mãos
que pincelam labaredas de fogo
de palavras escassas,
de puros sentimentos,
da verdade inalienável do poeta.

Gosto quando a cidade escurece
num pôr do sol intenso
e eterno aos olhos.
As palavras circundam o disco lunar enquanto
os papeis balbuciam versos brancos.

As mãos poéticas são meras
ferramentas alienáveis.
Alienam as estruturas da noite,
a estrutura da língua
e o pensamento do leitor
que ora vê mistério,
ora vê simplicidade.

Não se interpreta,
se vive,
se desenha na mente,
se rascunha poesia.

Queima-se
num incêndio quando em andar leve,
com olhar penetrante,
e em suspiros que entorpecem
chega a inspiração.

Manoel Vinícius Souza
12/06/2012