Um casebre
no
topo da
montanha
molda meu
abrigo.
A lareira
acesa e
uma colcha
de retalhos
a me
esquentar.
A saudade se
marca
em cada
traço
da minha alma.
Estamos em
alta madrugada,
você bate à
minha porta
pedindo
proteção.
Te ofereço
abrigo
do mundo lá
fora e
me encanto com tua chegada.
O sorriso
que sai
com cuidado
e sincero
torna-se
semelhante
a lareira,
me faz sorrir
e acalenta a
minha alma.
O casebre
molda o
abrigo
a dois.
Faz-se
silêncio
entre nós e
busco ouvir
teu coração.
Passamos
horas conversando
numa
madrugada longa,
enquanto lá
fora o vento sopra
a fim de
ouvir e levar
nossas
palavras.
Não sei por
que,
mas meus
lábios
atraem-se
pelos teus e
quando se
encontram
nem mesmo
faço ideia
de onde
estamos.
O tempo
passa ligeiro
por entre
nossos beijos,
sendo que
nos beijamos tanto que
o sol
resolve por reinar,
os pássaros
cantam com o dia
e lá fora
parece não oferecer
mais
perigo...
O casebre,
abrigo de
meu amor,
te oferece
aconchego, enquanto
o dia passa
rápido.
Porém, uma
vez que entrou
pela minha
porta,
sinto que de
mim
não sairá.
Manoel Vinícius Souza