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quarta-feira, 29 de julho de 2015

Memórias de pele

Do que se constroem pensamentos?
Para que serve o pensar,
se essas linhas fluidas de conexões cerebrais
não me levam fisicamente ao topo?

Não posso rejeitar tais linhas,
pois desenham seu rosto em meio à multidão
que se desenrola em minha mente.
Cria teus contornos,
pinta teus olhos de castanhos
e me afoga em beijos.
Suaves beijos...

Tão suaves que minha pele deseja memorizar
e criar monumento diante de tal sensibilidade.
Os poros se abrem como armamentos para a guerra,
mas uma guerra que os vencedores são o Amor
e a ternura.

São esses meus pensamentos.
Dada a resposta à pergunta inicial,
construídos de memória de pele,
do castanho em que pintei aqueles olhos
e de oceano de sentimentos.


Manoel V M Souza

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Fecunda Notívaga

Fecunda notívaga,
retorno aos meus pesares suspiros de saudade,
ao coração que sonha,
a um signo idealista
e poeta .
Dama dos delírios de prosa,
dos versos brancos,
assuma a posição de confidente
e ouça meus sussurros,
minhas palpitações.

Fecunda notívaga,
tome um drink comigo,
poeta da saudade,
nostálgico e amante,
ouça meus suspiros,
descritos nessas linhas estão
meus votos sinceros de tempos melhores para o Amor.

Falando em Amor,
cante e dance com suas daminhas brilhantes,
deixe surgir em teu manto negro tua poesia para mim,
para meus colegas de devaneios noturnos.

Notívaga mãe dos poetas,
encerre em papel o que meus olhos
e corpo sentem do teu toque,

me embriague em letras a tua companhia.

Manoel Vinícius Souza

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Oceano dos sonhos

Acordei para te dizer, Amor,
ao pé do ouvido,
que te admirar enquanto dorme
torna-a mais bela modelo para um quadro.
Ou uma fotografia para eternizar teus contornos e
suscitar mistérios sobre teus sonhos.
Sonhos profundos como os mais poderosos e
aventureiros oceanos,
guardadores de relíquias e de minhas juras de amor.
Se te vejo sonhando é para eterniza-la em minha mente
como a memória mais bela e frágil,
pois de delicadeza e pureza existe teu corpo.
E de sorriso e admiração se alimentam os meus olhos. 


Manoel Vinícius M. Souza

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Te cultivo

Dei chance para o Amor, me deliciei em seu doce néctar, me embebedei. Viciei no sentimento, me agarrei a tua presença, fiz sua morada no meu coração.
Deixo livre, pois sei que volta, não me despeço, pois sei que tens em mim o conforto de seu lar. Arrumo a cama e deixo no ar o teu perfume, chega em casa que teu mundo é bom.
O Sol se põe e com ele reina a noite que desperta o aconchego dos teus seios e o afago de tuas mãos.
O Amor nasce a todo momento, se transforma dentro de mim e transborda em copo cheio que mata a minha sede.
Cultivo amor para que não me falte, e com o excedente eu te faço poesia como se eu canalizasse a intensidade do meu coração.

Manoel Vinícius Souza

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Olhos de ressaca

É que a definição de Capitu lembra-me muito você.
Acho bonita e
deliciosa essa passagem do livro.
Seus olhos me dominam,
isso significa que sua alma me traga
para dentro do teu infinito oceano,
forte,
profundo,
majestoso.
Perigoso para marinheiros de primeira viagem,
mas eu aprendi a navegar nessas águas.


Manoel Vinícius Souza

sábado, 5 de outubro de 2013

Noite de poesia

E se a noite fosse feita de poesia?

Diria que o silêncio seria um caminho para as minhas palavras
e a Lua uma testemunha de amores que se mostram noturnos, 
pois durante o dia há muita luz
competindo entre o Sol e o Amor. 

Mas a Lua...
Ela dança com as estrelas,
tímida de brancura frente aos assédios dos namorados
porém realizada por ser eterna cupido 
em comunhão com suas dançarinas sobre os apaixonados. 

Ah! Lua! 
Não se esqueça de contar 
que na distância eu morro de saudades,
por que não dizer de amores?! 
Diz pra ela que sem ela não vivo
e que por ela eu espero
até que possamos te envergonhar novamente, 
Lua, 
e cantarolar cantigas dos que caem nas proezas 
deste sentimento com suas bailarinas. 


Manoel Vinícius Souza

Por um futuro e por um carpe diem

E o que realizo
com minhas mãos
senão delinear frases que desejam
abrir minha alma.

É a verdade,
a poesia é minha verdade.
é a face da minha alma
um buraco de saudades que compõe
melodias de um futuro que possa ser, em partes,
concreto.

Eu ando por entre ruas noturnas e digo que continuo
procurando a visão do amanhã,
mas posso me perder do presente,
acabo por cair nas minhas manias idealistas
esquecendo do que vem a ser meu carpe diem.

Por instantes encontro o equilíbrio,
olho os sinais de um bom futuro,
olho para graça de viver o hoje.

Por esse instante eu sei o que me move,
torna-se meu instante eterno.
Continuo neste instante até que eu volte
para os verdadeiros braços
que concentram a certeza do amanhã
e a felicidade de meu presente. 

Manoel Vinícius Souza

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Um tanto Poeta, um tanto Poesia

Não que eu soltasse palavras por aí,
eu as amarro ao vento e
me permito um pedido:
Que nos embalos da saudade
se fizesse presente, pelo menos ao fechar os olhos,
o teu beijo.

Não que eu deixasse palavras aleatórias num papel,
eu mancho de tinta o branco para
ir desvendando aos poucos meus pensamentos,
desenhando em linhas meus sentimentos
e ir ocupando espaços entre aquilo que poderia ser confuso
mas que era magistralmente viciante.

Não que eu tenha a definição do que é amor,
eu vou me contagiando e
assim vamos nos conduzindo numa valsa,
rodando pela vivência na cidade,
conspirando como amantes,
transbordando daquilo que somos:
Um tanto Poeta,
um tanto Poesia.


Manoel Vinícius M. Souza