aquele olhar de
interrogadora,
pergunta-me,
olhando fixamente,
o que faço nesta
noite.
Disfarço a pergunta,
mas me inquieto,
ela lembra teus olhos.
Respondo, então,
de alma exposta,
que sou homem,
não mais garoto,
que se apaixonou pelo
olhar
que ela tanto lembra;
que ando pela noite
inspirando compassos de
uma dança
feita em sonho.
Devolvo, sereno, a
pergunta,
o que, lua, fazes esta
noite?
Ela me responde,
com um sorriso esperto,
lindo e sincero,
que está aqui para me
observar,
à fim de sentir os
olhos
de minha amada.
Após nossa breve
conversa,
ela se esconde por
entre nuvens,
para que eu,
íntimo,
envie meu beijo até
você,
meu amor.
Manoel Vinícius Souza
14/03/2012