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sexta-feira, 28 de junho de 2013

A Chave

E esta noite me vi num furacão,
furacão de pensamentos...
Então é isso,
não machuque meu coração,
me deixe em chamas.

Então roube meu corpo e alma,
me deixe dentro da sua casa
e não me faça sair.

Eu te esperei e ainda te espero,
espero para entrar na sua cidade construída,
na sua morada e fazer meu cantinho.

Não se deixe levar pelos espaço e tempo entre nós,
deixe a chave em meu bolso
para eu abrir a sua porta.

Olhe em todo este espaço,
eu tenho andado até você,
tenho mirabolado planos e brincadeiras,
tenho arrumado as roupas na mala,
é só questão de paciência...

Tenho sonhado,
sonhei que você deixou sua chave comigo
e que meu cantinho era enorme!
Sonhei que deixei a nossa chave no tapete da porta,
tive que sair depois do almoço,
me espere para o jantar.


Manoel Vinícius da Mata Souza

sábado, 8 de junho de 2013

ESPERA

Abro a porta de casa
e sinto o silêncio,
compartilho minha respiração
e converso com a mortalidade.

Sinto a indagação,
sinto meus pensamentos
dominando meu corpo humano.
Sei de minha essência poética,
descubro a cada inspiração
minha humanidade.

Será que sentir-se parte disso
é enxergar a imensidão do Amor?
O Tempo foi abandonado
e se vive num espaço consolidado
pelo gosto daquilo que faz falta,
daquilo que se anseia.

Não se remoi a lembrança,
apenas transforma em sensações reais as figuras vivas que transitam
todo amanhecer no pensamento.

Vou me desconstruindo
para aprender a amar a cada novo dia.
E se um dia a solidão bater perante tal realidade,
olharei para o lado e me sentirei humano novamente,
escreverei mais poesia
e me tornarei infinitamente o poeta que te espera.

Manoel Vinícius Souza