Deus sabe o porquê não escrevo
Porque me refaço de linhas tortas e
Ando por aí gozando das feiúras
Que me parecem tão belas
Minhas mãos caladas por agora
Gozam da vida plena
Duma liberdade desconhecida e incansável
Sinceramente eu acredito em poesia
Eu ainda acredito que ela esteja viva
Vivendo no meu lugar
Poesia boba, goza da minha liberdade
E foge da tinta
Mais do que transcrever: ser
Dá-me um sentimento inconsciente de felicidade estampada
De um riso incontido
Essas mãos caladas agora só servem para acalmar o choro
Segurar o rosto e sentir o gosto do beijo
Essas mãos agora rasgam o papel...
Acredito nas vontades minhas
no conhecimento de mim
porque deixo para que eu mesmo entenda
essas linhas tortas.
E sinceramente,
Deus sabe o que faz...
gabriele moraes