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segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Dê-me pôr-do-sol

Assim se põe o Sol
levando ao crepúsculo
uma alvorada de figuras e
de personagens.

O ser humano faz-se
como um poeta
a encontrar o seu
lugar,
a caçar espaços
entre abraços e
olhares.

Os sons que
se vão com
o fim do dia
deixam aos humanos
o pedido de que
voltem a amar.

Dê-me a imaginação
para trilhar por estes
versos
que constituem
movimentos espaçados
perante o chão
que me dá tempo
e desertor controle.

Dê-me os olhos abertos
para enveredar pela  noite
sonhos e confidências,
um pouco de consciência.

Assim se vai o Sol
no limite
para que possamos
fechar os olhos
no infame instante
em que se vai
até a chegada da noite.

Dê-me amor novamente,
pois é só um instante.

Cabemos nesse espaço de
momento,
é melhor não desviar
o olhar do lugar
numa nua alma.

Dê-me teus segredos,
dê-me teu íntimo
enquanto absorve essa poesia
como se estivesse com
fome de sensações,
como se pudesse
sentí-las e imaginá-las,
como se alimentasse
de canções.

Dê-me poesia e
amor
neste pôr-do-sol.

Dê-me os tracejos da noite...
Antes, por que
não ser esse
instante?


Manoel Vinícius Souza

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