uma mera tinta.
Um espelho
do meu Eu.
São meus versos
pretos, brancos,
símbolos, serenos.
Quero ver minha
imagem no espelho;
quero ver minha nudez.
Quero ver o plano de fundo,
quero ver aquele bosque.
Quero sentir o cheiro da paz
que advém do teu semblante,
daquele sorriso.
Entrego-me a maré,
mergulho nos mistérios,
desvendo a linha da surpresa,
rio do fato de que
não há surpresas,
pois, tudo já estava em mim
antes de meu conhecimento.
Um brinde ao que
chamamos de mistério,
às falsas surpresas,
à tudo que já nasceu em nós
e continuará.
Ao Amor,
a humanidade,
ao caos.
Manoel Vinícius Souza
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