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terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Num ciclo

O desejo alimenta
os meus vícios.
Os meus pensamentos alimentam
a ideia.
A música alimenta
a poesia.
Os sons alimentam
o meu descanso.
O Amor alimenta
a minha alma.
Os sorrisos alimentam
os meus sonhos.
A inspiração alimenta
a insônia.
A insônia alimenta
a saudade.
 E a saudade alimenta
o desejo...

Manoel. Vinícius Souza

XVII instantes

A inspiração
me vem num
instante.
Carrega consigo
um intenso levante
de sonhos infantes
e dos medos
revirados da estante.
Se pensasse com
versos pedantes
sorria triunfante
como poeta de amantes.
Sou poeta, sim!
Mas sou apenas amante
dessa inspiração
que me vem
nesse instante.

Manoel Vinícius Souza

domingo, 15 de janeiro de 2012

Poesia segundo o mar


De fronte ao mar
O encaro
Como um interrogador,
Descubro as conspirações
Do mar e da lua.

Eu ouço o som do mar...

Interrogo a mim mesmo
E me pergunto por que
Ele ainda não a trouxe?

Durante a noite as águas tornaram-se
Homogêneas e os meus sonhos
Eternos perante
A minha concepção de um
Mundo que nos aproxime.

Ouvi o mar...

Vem ver o sol nascer
 sobre nossos ombros
Na cama
Como dois amantes
Silenciosos em suas promessas
E prontos para amar.

Vem ouvir a poesia que
As ondas pronunciam
Como se fossem novidades
De almas mergulhadas em saudades...

A minha alma...

Se não podemos olhar
O sol por inteiro
Sejamos então humanos
E nos banhemos de nossa
Impureza,
Enquanto nossa humanidade
Seja divina como todas as coisas.

Sejamos humanos para ouvir
As promessas do mar
Enquanto somos um só
Em nossa intensidade.

Essa poesia é a transcrição
Das palavras do mar
Numa noite em que
O encaro,
Como interrogador
E a lua me interroga
Como se me faltasse companhia.

Manoel Vinícius M. Souza

domingo, 8 de janeiro de 2012

Ao mar

Olhando para o além mar,
além do tempo,
além do meu tempo.

Parar para olhar o
caminhar das horas,
do sol que se vai sem mim
e tendo você em
meus braços.

O meu olhar preguiçoso
dos segundos espaçados
e dos meus sonhos
vislumbrados em teus olhos,
se espalha pelo horizonte
dos mares que nos envolvem.

Como uma ressaca
voltamos
a praia dos beijos roubados,
dos beijos ardentes e
inocentes frente
ao infinito de nossos lábios.

Olhando para além mar,
vejo a preguiça de nosso tempo
que insiste em esvair-se pelos meus dedos
enquanto minhas mãos
perdem-se em ti.

Manoel Vinícius M. Souza