Pesquisar este blog

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Sem voz

Há momentos
em que perco a voz.
O tempo para
e todo som desaparece.
Até que os meus lábios
encontram os seus,
o tempo volta a correr,
entretanto, o silêncio reina.
Não se ouve um som,
porém, com mais atenção
e proximidade,
ouve-se somente as batidas do coração
e a respiração.
Tal ar
representa a voz da alma.
Dizemos então toda a verdade

um ao outro.
Não há ilusão,
não há fantasia,
há somente nossa subjetividade,
nossa humanidade.
A Lua é a única testemunha
mesmo entre nuvens.
E para quebrar o silêncio,
sem que percamos o rumo,
é deixarmos aquela música
tocar outra vez.

Manoel Vinícius Souza

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Marque sua impressão na estante...